quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Polícia X Polícia

Em um episódio recente, a comunidade canoense testemunhou um grande equívoco da polícia gaúcha. Ao cumprirem essencialmente as suas funções - prevenir, combater e elucidar crimes - policiais civis e militares acabaram entrando em confronto. De um lado cinco agentes do Denarc verificavam informações sobre a entrega de drogas no bairro Estância Velha. No outro cinco brigadianos, do setor de Inteligência, verificavam denúncia sobre dois veículos suspeitos (que não sabiam ser do Denarc) na mesma área. Ambos estavam sem farda, utilizando-se de viaturas discretas. Não se sabe ao certo o por quê, mas o caso acabou em perseguição e troca de tiros, onde um agente foi ferido de raspão na cabeça.
O episódio reacende uma discussão histórica: É lícito que a Brigada Militar tenha uma equipe própria para investigar crimes? Essencialmente, cabe aos brigadianos o dever de patrulhar as ruas de nossas cidades, buscando inibir e até mesmo evitar a ação de criminosos. E quando isso não ocorrer, devem tentar prender o bandido após o cometimento do crime. Tudo isso de forma ostensiva, ou seja, usando fardas e viaturas identificadas para justamente dar à população uma sensação de segurança.
Já os policiais civis vestem-se como pessoas comuns para investigar os crimes. A não ser na fase da operação policial, onde torna-se necessário que sejam identificados para não causar pânico à comunidade.
Historicamente é a mistura de atribuições que gera um certo desconforto entre civis e militares, em meio a falta de estrutura, e baixos salários. Essa disputa iminente pode tornar as polícias incapazes de se reconhecer... E no caso vivenciado em Canoas, acaba por confundí-los com suspeitos - lutando entre si, como se fossem bandidos!

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